<font color=0094E0>Um século de luta e resistência</font>
Foi há cem anos que a Companhia União Fabril, a célebre CUF, passou o Tejo para se instalar em terras do Barreiro. Um século passado, cantam-se loas a Alfredo da Silva, o líder da empresa que se tornaria, com o regime fascista que ajudou a moldar, no maior grupo económico...
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As políticas de direita dos sucessivos governos acumularam no Vale do Ave graves problemas estruturais, verdadeiras «bombas» económicas e sociais que o Executivo PS despoletou e, agora, agrava. Para melhor compreender este contexto, Jerónimo de Sousa visitou, domingo, diversas localidades dos concelhos de Famalicão e Guimarães e, num comício realizado a meio da tarde, criticou as propostas do Governo de alteração do Código de Trabalho. Manifestou ainda uma mensagem de confiança aos trabalhadores e às populações em geral: «Quando se luta nem sempre se ganha, mas quando não se luta perde-se sempre».
No comício que se realizou, domingo, em Guimarães, que contou com a presença de centenas de pessoas, Jerónimo de Sousa lembrou que, passados três anos de Governo PS, os problemas nacionais e as preocupações dos portugueses continuam por resolver.
A transformação da CUF num grande império industrial e económico só foi possível graças às relações privilegiadas da empresa com o poder político, fundamentalmente com o regime fascista de Salazar e Caetano. Ao combaterem a exploração na empresa, os operários da CUF lutavam também contra o fascismo.
Com o 25 de Abril, o tecido económico altera-se profundamente. As nacionalizações, da CUF e de muitas outras empresas, puseram a economia nacional finalmente ao serviço do povo e do País. Mas por pouco tempo.
«Os operários da CUF resolveram fazer respeitar a lei das 8 horas, deixando de trabalhar 10 horas como sucedia até aqui. Alfredo da Silva resistiu quanto pode às justas pretensões dos trabalhadores, mas finalmente viu-se obrigado a respeitar a lei. Contudo reduziu-lhes os salários!»Avante!, Ano I, n.º 2, 1 de Março de...